Queria eu saber de mim, saber pra onde vou, o que quero .
Queria eu me encher de certezas, dentro
de mim procurei e o que eu achei foram buracos, buracos esses que busquei
preencher com eles. Eles que foram meu afago, meu porto, meu coração, meus olhos,
meu prazer e minha doçura. Mas vivo me enganando, passando para tais o conforto
que não tenho, buscando em seus colos o carinho que não posso dar, me julgo
incapaz mesmo sabendo que já o fiz outrora. Queria que todos eles fossem um,
mas não o mesmo, queria que eles me entendesse e eu quebrasse essa redoma em
volta de mim, queria ser o amor de todos e não me cansar de todo esse circo. Queria não
escolher, pois na escolha sempre se perde aquilo que não foi escolhido.
Preciso de mais, mais que um, mais que ele, mais que eu . Preciso me
transbordar de diferentes formas de amor, para preencher as diferentes formas
de mim. Até quando meu castelo será feito de algodão? Não sei dizer, mas a cada
chuva, ele umidificará e tomará uma nova forma , mas quando o sol aquece-lo
ainda será aquele vistoso e aconchegante algodão, apenas diferente, até que eu
resolva construir as muralhas, meu castelo será sempre penetrável.
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